Áudios vazados de uma troca de mensagens entre a diretora e vice-diretora da Escola Professor Manoel Mangueira, em Cajazeiras, professoras Karla Kairone e Solange Mangueira, comprovam articulação de protesto de aliados do deputado Júnior Araújo (PSB) e do prefeito Zé Aldemir (PP) contra o governador João Azevedo, que estará na cidade nesta sexta-feira para inaugurar obras e participar da plenária regional do Orçamento Democrático.

A primeira notícia sobre a possibilidade de realização do protesto foi publicada na última segunda-feira no portal Tribuna PB.
A manifestação seria uma forma de protesto contra a exoneração de um grupo de 14 ocupantes de cargos comissionados e prestadores de serviços de órgãos do Estado na cidade. Inicialmente, o deputado Júnior Araújo atribui as exonerações à disputa para prefeito, mas, com a articulação da manifestação, a responsabilidade passa a ser direcionada diretamente ao governador João Azevedo.
No primeiro áudio, a vice-diretora Solange Nogueira manifesta â diretora da Escola Manoel Mangueira, que será inaugurada e onde deverá ocorrer a plenária do Orçamento Democrático, sua preocupação em relação ao fato de o pessoal da escola ter combinado usar roupa na cor preta durante as solenidades com a presença do governador e a informação corrente nas ruas segundo a qual haveria o protesto e organizadores e participantes iriam também usar roupas pretas. Avalia que o combinado na escola não iria dar certo e sugere que o uso de roupa branca.
Na resposta, a diretora Karla Kairone indaga sobre a hora do protesto e informa sobre horários nos quais professores e funcionários haviam combinado usar roupa preta.
A notícia publicada na segunda-feira dando conta da organização do protesto contra o governador por parte de aliados do deputado Júnior Araújo e do prefeito Zé Aldemir informa que ambos irão estar fora da cidade nesta sexta-feira. O parlamentar estaria em viagem de turismo à Europa e o prefeito estaria em João Pessoa.
De qualquer forma, os áudios comprovariam que existe a articulação para a realização do protesto.
O governo do Estado ainda não se manifestou sobre o assunto.

 

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