Em julho de 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) assegurou, em entrevista, que possuía provas de que Aécio Neves (PSDB) havia vencido as eleições de 2014, que, segundo ele, teriam sido fraudadas para dar a vitória a Dilma Rousseff (PT). Segundo Bolsonaro, foi contratado um “hacker do bem”, que o teria ajudado a comprovar a violabilidade da urna eletrônica e a fraude em favor da petista.
“Eu vou comprovar na semana que vem que Aécio Neves ganhou as eleições em 2014. O hacker veio aqui, né, com gente que entende de informática. Hacker do bem, né, mostrando”, afirmou à Rádio Itatiaia.
Na ocasião, Bolsonaro prometeu apresentar as provas em uma live. Tais provas seriam encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para averiguação. E aproveitou para fustigar o ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do TSE.
“Acredito que em uma hora dá pra demonstrar tudo isso aí. E a gente derruba a tese do ministro Barroso, do TSE, de que as urnas eletrônicas não são fraudadas”, disse o então presidente.
De fato, Bolsonaro realizou a live, ao lado do seu então ministro da Jutiça, Anderson Torres. Porém, após mais de 40 minutos de discurso, não apresentou qualquer prova de fraude eleitoral e apenas fez mais ataques ao TSE. O então presidente da República admitiu que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”.
Bolsonaro ainda rebateu a determinação para que apresentasse as provas de irregularidades nas urnas: “Os que me acusam de não apresentar provas eu devolvo a acusação: apresente prova de que não é fraudável”.
Hacker acusa Bolsonaro
Na última quinta-feira (17/08), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI), no Congresso Nacional, o hacker Walter Delgatti Neto atribuiu o comando de uma série de atos antidemocráticos a Bolsonaro.
Entre os atos, disse que o ex-presidente lhe deu ordens para fraudar as urnas, pediu para assumir um grampo feito contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e lhe garantiu um indulto, caso os crimes fossem descobertos.
Créditos: blog do abrantes, Exame.com (imagem destacada) e Metrópoles.